Conheci o trabalho de Ashley Merryman na GNT. Na hora achei interessante a abordagem dela de que na criação dos filhos, pensar que as coisas se dividem exatamente entre boas e más pode ser um erro básico. É o que defende a americana Ashley Merryman, em seu livro “Os 10 Erros Mais Comuns na Educação de Crianças“, um best seller provocativo, baseado em pesquisas, que desafio o conhecimento convencional sobre como criar filhos.
Você acredita que esteja acertando na forma como educa seus filhos? E se alguém dissesse que os elogios podem transformá-los em fracassados? Ou que mentir na infância é tão natural quanto respirar? Dois jornalistas americanos reuniram pesquisas recentes na área e elaboraram o livro “Os 10 erros mais comuns na educação de crianças” (Editora Lua de Papel). Provocativa, a publicação questiona valores com base na neurociência e psicologia comportamental.
E se você ouvisse que mentir pode ser uma característica positiva para as crianças? E que discutir na frente dos seus filhos pode ser útil em sua formação e que elogiar uma criança pode levá-la ao fracasso? Esta é uma provocativa pesquisa que desafia o conhecimento convencional sobre criar filhos. Os autores exploram habilmente os tópicos de interesse e dúvidas dos pais E o que encontram é surpreendente! Usando uma pioneira combinação de psicologia comportamental e neurociência, os premiados jornalistas Po Bronson e Ashley Merryman produziram uma inovadora leitura que irá mudar a maneira como interagimos com nossos filhos para sempre, demonstrando que, por anos, nossas melhores intenções estavam baseadas em grandes equívocos. Os autores usam estudos científicos inovadores para provar que nossos instintos e o conhecimento popular sobre muitas questões relacionadas à educação estão errados.
Po Bronson e Ashley Merryman chamam atenção sobre dois erros básicos sobre educar crianças: o primeiro é o senso comum que diz que o que é bom para adultos serve para as crianças. O segundo, a crença de que as coisas se dividem exatamente entre boas ou más, quando, na verdade, podem ser ambas. São vários os casos apresentados e todos fazem parte do universo de preocupações de pais e mães. Os autores demonstram, por exemplo, como o uso de CDs e vídeos educativos não produzem grande desenvolvimento de linguagem e vocabulário; que crianças com pais liberais costumam ser tão agressivas na escola quanto as que possuem pais distantes. A obra trata também de temas como convívio social, como lidar com diferenças, brigas entre irmãos, desobediência, competição infantil, a influência do sono e muito mais.
A seguir, confira alguns trechos retirados do livro:
O poder inverso do elogio
Elogio é bom, quando a criança faz por merecer. Do contrário, ela pode começar a dispensar o elogio falso e também o sincero. Além disso, elogios desmedidos podem deturpar a motivação da criança, que passa a tomar certas atitudes apenas para ser elogiada e não por que lhe dá prazer. Segundo os autores, pesquisa “revelou que os alunos elogiados passam a evitar os riscos e lhes falta autonomia para discernir. Quando entram na faculdade, alunos muito elogiados anteriormente costumam desistir de disciplinas para evitar notas baixas e têm maior dificuldade para se decidir por uma especialidade – têm medo de se comprometer em algo que possam falhar.”
Os efeitos de uma hora a menos de sono
Não há desculpa para que a criança durma menos do que o necessário. Atividades em excesso, lição de casa, eletrônicos no quarto – tudo deve ser medido de forma a não afetar o horário de dormir. “O surpreendente não é que o sono é importante, mas o quanto ele é importante, comprovadamente, não apenas para o desempenho acadêmico e estabilidade emocional, mas também para fenômenos que se julgava não terem nenhuma relação, como a epidemia mundial de obesidade e o aumento dos casos de transtorno do déficit de atenção”, diz o livro.
Crianças são estimuladas a mentir
Normalmente as mentiras começam com as crianças fazendo algo de errado e negando o que fizeram para não enfrentarem as consequências. Isso é natural. O que não deveria ser é o fato de os pais deixarem passar batido, em vez de aproveitar a ocasião para dizer que não se deve mentir. “Sendo estimuladas a dizer tantas mentiras inocentes, as crianças aos poucos se sentem mais confortáveis ao dissimularem. A falta de sinceridade passa a ser, literalmente, parte da rotina. Elas aprendem que a honestidade só gera conflitos; logo, mentir é o modo mais fácil de evita-los”, defendem os autores.
A influência dos irmãos
Brincando em grupo as crianças aprendem a negociar e ceder para que mesmo uma simples brincadeira seja um consenso. Uma criança que não desenvolve essa habilidade entre amigos terá dificuldade de considerar as vontades do irmão na hora da brincadeira – seu interesse em outra atividade ou a vontade de brincar sozinho. “O fato de as crianças de comportarem bem na aula ou conseguirem trabalhar em grupo, não indica que se darão bem com os irmãos”, alerta o livro.
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