Amamentar é um ato de resistência. E para resistir precisamos de informação seja lá qual for a decisão: prolongar a amamentação ou não.
Descobri que não sabia nada sobre aleitamento já com a Luiza nos braços, pedindo o peito noite e dia, com enfermeiras ajustando a posição dela no meu colo, em um tira e põe infinito, gente ensinando uma ‘pega” que eu nunca havia sequer ouvido falar e me deixou perguntando como eu ainda não sabia de tudo aquilo.
Estamos na Semana Mundial de Amamentação e fica um apelo importante ao direito da mulher à informação. Para amamentar, algumas dicas simples mas imprescindíveis são necessárias. Dicas que eram passadas de geração em geração e que poderiam ser dadas por um bom profissional ao longo da gestação, preparando a mulher para o fato que amamentar pode doer, pode ferir, pode levar tempo para se adaptar, que fazê-lo repetidas vezes durante o dia e a noite pode levar à exaustão… mas que tudo isso passa. E mesmo passando o turbilhão inicial, a doação é constante, pois ainda ficamos disponíveis para o bebê durante todo esse tempo.
Informações simples, como a “pega correta”, a importância de oferecer os dois seios para manter a hidratação e a nutrição do bebê já que ele necessita da gordura para engordar, deveriam ser espalhadas aos quatro ventos para que comentários como o “seu leite é fraco” fossem evitados.
Hoje em dia, mulheres como eu, que tiveram possibilidade de ter um acompanhamento pré-natal com um profissional só, de contar com um bom hospital para o parto e os primeiros cuidados, com uma equipe preparada, além de acesso a livros e grupos de apoio online, ainda sofrem com o poder do senso comum. E fico muito incomodada quando penso na desigualdade que existe em relação ao acesso a esses tipos de assistência.
O aleitamento materno é um problema de ordem pública, em que a importância do leite da mãe para o bebê deve ser enaltecido, e junto com isso deveria ser fornecida a estrutura que a mulher precisa para decidir fazê-lo. Como mães, podemos passar para frente o nosso conhecimento e apoio. Bebês precisam de leite. Mulheres precisam de informação e suporte.
Deixo aqui algumas das leituras que foram alento durante minha jornada:
Site e canal do youtube: amamentar é
Blogs e livros: