A Organização Mundial da Saúde estima em 5% da população de um país o número de superdotados. Estamos falando de milhões, mas o MEC ainda está na casa dos milhares. Segundo o censo escolar de 2014, o Brasil admite que tem 3.308 alunos superdotados – mas o número é 17 vezes maior do que o do ano 2000, ano em que meu filho, que tem este diagnóstico, nasceu.
A identificação de superdotados no Brasil vem crescendo neste século. O MEC atribui isso ao “investimento feito na formação de professores” e ao trabalho dos Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação, criados em 2005 e presentes em todos os Estados.
Tanto escolas públicas quanto privadas de educação básica – da creche ao ensino médio – podem fazer a identificação a partir de testes específicos realizados por psicólogos.
Segundo o MEC (Ministério da Educação), superdotados têm características como avançado pensamento lógico, facilidade de aprendizado e senso de justiça. Além disso, possuem talento em uma ou mais áreas, desde a acadêmica até a esportiva.
Além de preparar os professores para identificar e educar os superdotados, os núcleos auxiliam na criação de salas de recursos multifuncionais para alunos com necessidades especiais nas escolas públicas –que abrigam 85% dos estudantes superdotados identificados no país.
Desde 2007, os Estados e municípios passaram a ter também um estímulo financeiro para identificar os superdotados: cada um desses alunos passou a contar como uma matrícula dupla na rede pública, em razão do atendimento educacional especializado que recebem.
Eu contei do meu filho na minha coluna da Disney Babble: Quando um filho é mais inteligente do que a média.
(Dados daqui)